A aventura de ser mãe nos dias de hoje!


COMO EXPLICAR A MORTE

12/06/2013 09:12

                Domingo passado recebemos a noticía da morte de um amigo, ficamos todos muito abalados. Quando o Matheus acordou viu o Neto chateado ao telefone contando a noticia à alguém,, então me perguntou o que estava acontecendo, falei para ele lembra aquele amigo nosso, ficou doente de repente e morreu. Ele fez alguns minutos de silêncio e me falou nossa mãe ele era muito meu amigo vou sentir saudades, ele já virou uma estrelinha? tenho que rezar para ele antes de dormir. Ele passou o dia angustiado, toda hora falava no assunto, perguntava se ele ia se despedir, dizia que estava chateado. Logo no início da noite perguntei se tinha alguma coisa que nós podíamos fazer para que ele se sentisse melhor, então ele falou vou fazer um desenho bem lindo para meu amigo que agora é uma estrela, assim foi feito, então neto entregou a carta a família (a qual ficou extremamente emocionada).

                A vida não é facil, as vezes me sinto insegura em relação à alguns assuntos, o que sempre faço é sempre falar a verdade por mais dificil que seja o assunto.

                 Resolvi ler sobre o assunto e achei muita coisa interessante, espero que ajude aos que infelizmente tiverem que passar por isso.

 

COMO INFORMAR A MORTE A UMA CRIANÇA

(FONTE: www.guiadobebe.com.br)

 

                Esse assunto certamente não seria o mais interessante de se abordar, mas infelizmente é necessário a todos. Poupar as crianças da morte ou do conceito de morte achando que são muito pequenas para entender não é o ideal para que cresçam sem medo.

                O final de vida, seja ela de uma pessoa querida ou de um animal de estimação só é percebida como algo ruim ou angustiante após os sete anos. Não que as crianças não saibam do fato ocorrido em si, mas o conceito entendido depende da idade. Por isso os adultos são fundamentais para explicar que a morte faz parte do ciclo natural da vida.

                Por exemplo, as crianças de até três anos não conseguem perceber claramente que a morte é definitiva e irreversível, mas entendem que não mais brincará com o seu avô ou sua mãe não a levará mais para a escola.

                Já as mais velhas percebem que a morte é algo natural e precisam de explicações concretas para entendê-la como a pessoa que morreu não vai mais se mexer, abrir os olhos, falar ou comer. Porém, é a partir dos 12 anos que todo o processo de morte pode ser entendido pela criança.

A morte cerca o nosso mundo e a criança percebe isso. Ela vê, escuta e sabe o conceito do que é acabar. As perguntas sobre a morte iniciam-se por volta dos cinco anos.

                Uma oportunidade para começar a falar da morte e ajudar a criança absorver isso como natural é a morte de uma planta ou de uma flor ou até mesmo conversar sobre o animalzinho de estimação que ficou doente e morreu.

                Explicar o processo de envelhecimento, principalmente se a criança tiver exemplos como um avô, e o porquê da morte também contribui para o entendimento menos traumatizante.

                Outra forma de expor de forma concreta esse acontecimento infeliz é através de livros, que podem auxiliar os pais na hora de conversar com as crianças sobre a morte, contendo palavras simples e de fácil assimilação por parte das crianças.

Fale e ouça a criança - O melhor a se fazer é deixar a criança perguntar o que quiser, encorajando-a a expressar o que sente. Responda a todas as perguntas com palavras simples e frases curtas para que a criança possa entender perfeitamente o processo natural de falência humana.

Uma dica: evite falar que a pessoa dormiu para sempre ou descansou, a criança leva tudo ao “pé da letra” e pode ficar com medo na hora de dormir ou achar que a pessoa que morreu acordará. A expressão “foi fazer uma longa viagem” ou “foi embora” também pode confundir a criança e levá-la a acreditar que todos aqueles que farão uma viagem nunca mais voltarão ou então que a pessoa morta poderá voltar um dia.

Se alguém perto da criança como pais ou avós morrem, a criança não deve ser excluída da experiência da perda como forma de poupá-la. A criança precisa saber da existência da morte, aceitá-la para enfim criar o seu processo de luto. Cada criança mostra o seu luto de diferentes modos e esse processo é fundamental para conseguir passar por esse momento sem criar culpa, medo ou traumas.

O último adeus - O funeral só deve ser assistido pela criança se ela quiser. E não faça com que ela se sinta culpada se não desejar ir. O apoio das pessoas de sua confiança é muito importante. Se a decisão for de ir ao enterro, explique como o será e as cenas tristes que ela visualizará ao seu redor, como a existência do caixão e de pessoas chorando.

                Por isso que os pais são essenciais nesse crescimento da criança sem traumas. Se os pais têm medo da morte e tentarem “poupar” o filho, a criança reagirá da mesma forma. Mas se os pais mostrarem com naturalidade o ciclo da vida, a criança lidará com a morte sem problemas.

 

ESTE POST FOI EM MEMÓRIA AO GRANDE JORNALISTA COUTINHO.

—————

Voltar